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CNJ vai apurar crise em penitenciária de Porto Velho 57513t

11 de outubro de 2008, 9h54 503t4v

Por Redação ConJur

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Por determinação do presidente do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, uma equipe do CNJ estará nessa segunda-feira (13/10), em Porto Velho (RO), para apurar a crise do sistema carcerário estadual. A condição degradante a que estariam submetidos os presos da penitenciária Urso Branco levou a Procuradoria-Geral da República a pedir a intervenção federal no estado.

Em Porto Velho, um juiz auxiliar da presidência do conselho e outro da corregedoria vão se reunir com o presidente do Tribunal de Justiça, o juiz da Vara de Execuções Penais, representantes do Ministério Público federal e estadual, do governo estadual e da Ordem dos Advogados do Brasil.

O juiz auxiliar da Corregedoria, Manoel Lauro Volkmer de Castilho, disse que, a exemplo do que ocorreu em Porto Alegre (RS), a atuação do CNJ poderá contribuir para que os órgãos dos diferentes poderes atuem em conjunto e de forma ordenada para encontrar soluções para a situação do sistema carcerário estadual.

De acordo com o procurador-geral da República, o estado de Rondônia descumpre uma dezena de preceitos constitucionais e dispositivos previstos na Convenção Americana de Direitos Humanos, do qual o Brasil é signatário. O procurador relata que os detentos da penitenciária Urso Branco foram submetidos a tratamentos degradantes e desumanos, como ar seis dias no chão da quadra de futebol, quando foram obrigados a dormir, sem sair do local sequer para fazer as necessidades fisiológicas.