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Advogado xinga juíza ao compartilhar tela durante audiência virtual 4l2w4j

8 de abril de 2021, 15h48 517010

Por Redação ConJur

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Durante uma audiência por videoconferência da 3ª Vara do Trabalho de Curitiba no último dia 22 de março, um advogado que compartilhava a tela de seu computador escreveu um xingamento aparentemente dirigido à juíza substituta Edineia Carla Poganski Broch. Após a magistrada rejeitar uma contradita, ele digitou "que filha da puta" em uma conversa particular no WhatsApp.

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Na ocasião, a juíza imediatamente indagou o advogado pela conduta. Ele alegou que estaria se referindo à situação e não teria intenção de ofendê-la, e em seguida se desculpou. Nesta quarta-feira (7/4), Broch declarou sua suspeição no caso, que seguirá sob a condução de outro magistrado.

Também hoje, o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região enviou ofício à OAB pedindo punição ao advogado. No documento, os desembargadores Sergio Murilo Rodrigues Lemos, presidente da corte, e Nair Maria Lunardelli Ramos, corregedora regional, apontaram "atuação descortês" do patrono.

Em nota pública, a Associação dos Magistrados do Trabalho da 9ª Região (Amatra 9) repudiou a atitude do advogado e manifestou apoio à Edineia. "A ofensa dirigida a uma magistrada não atinge apenas a figura da juíza no desempenho de suas funções, mas a dignidade de todo o Poder Judiciário", ressaltou a entidade, que também afirmou estar analisando as medidas aplicáveis.