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Golpistas usam informações de processos públicos para enganar advogados e partes 4g1k6

20 de dezembro de 2024, 19h49 b6o2

Por Arthur Mendes Lobo

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Recentemente, têm surgido relatos preocupantes de golpes aplicados por fraudadores que utilizam informações públicas de processos judiciais para ludibriar partes e prejudicar a imagem de escritórios de advocacia.

Com a crescente facilidade de o às informações processuais e à comunicação digital, criminosos têm se ado por advogados ou integrantes de escritórios renomados, com abordagens persuasivas e fraudulentas.

Como o golpe acontece? 421x4d

Os casos mais comuns seguem um roteiro similar:

1º o: o golpista a os dados do processo (nome das partes, valores, estágio processual) através de fontes públicas.
2º o: ele cria um número falso de WhatsApp, frequentemente com a logomarca e informações do escritório real.
3º o: em contato direto com a vítima, apresenta uma “oportunidade de acordo” — geralmente muito vantajosa —, mas exige o pagamento antecipado de custas ou honorários via Pix.
4º o: a vítima, acreditando na oferta, realiza o depósito em uma conta fornecida pelo golpista, que nada tem a ver com o escritório.

Exemplos recentes 5444

Em um caso, um fraudador se ou por integrante de um escritório e ofereceu um acordo fictício à parte autora. Convencida de que receberia 80% do valor pleiteado, a vítima pagou as supostas “custas” via Pix, mas o acordo nunca existiu.

Spacca

Outro golpe ocorreu em uma execução de honorários sucumbenciais. O fraudador contatou a parte executada oferecendo um desconto “à vista”. Após realizar o pagamento, a executada descobriu que não havia quitado a dívida. O processo prosseguiu, culminando em penhora judicial de seus bens.

Como se proteger? 1x6k1f

Para advogados e partes envolvidas em processos, é essencial observar algumas orientações:

Desconfie de contatos informais: mensagens via WhatsApp ou e-mails com propostas de acordos devem ser rigorosamente verificadas.
Verifique a identidade: confirme se o contato está habilitado no processo, seja advogado ou representante da parte. Utilize os números oficiais do escritório ou do profissional.
Acordos devem ser homologados judicialmente: isso garante a segurança jurídica do pagamento e o encerramento do processo.
Nunca faça depósitos em contas não verificadas: o Pix ou conta fornecida deve ser associado diretamente ao escritório ou ao advogado responsável.

Golpes como esses não apenas prejudicam financeiramente as vítimas, mas também afetam a confiança na advocacia e no sistema de Justiça. A orientação é clara: qualquer proposta de acordo ou solicitação de pagamento deve ser tratada com cautela e formalidade.

Confirmar a veracidade das informações com o advogado habilitado e preferir a homologação judicial são os fundamentais para evitar prejuízos.

A comunidade jurídica deve estar alerta, promovendo a conscientização de clientes e partes. Prevenir é sempre o melhor remédio.