A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira
17 de março de 2016, 13h49
O Palácio do Planalto divulgou nota em que apresenta sua versão sobre o telefonema acerca do termo de posse de Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil e repudia a divulgação do áudio pelo juiz Sergio Moro. Segundo o texto, a iniciativa foi uma "afronta aos direitos e garantias" da Presidência da República. “Todas as medidas judiciais e istrativas cabíveis serão adotadas para a reparação da flagrante violação da lei e da Constituição da República, cometida pelo juiz autor do vazamento", diz a nota da presidência. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
A culpa é de Moro
Em nota, a Polícia Federal itiu que gravou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversando com a presidente Dilma Rousseff após a decisão do juiz Sergio Moro de interromper a interceptação telefônica. Em nota, responsabiliza do uso dessas interceptações ao juiz do processo. "Encerrado efetivamente o sinal pela companhia, foi elaborado o respectivo relatório e encaminhado ao juízo competente, a quem cabe decidir sobre a sua utilização no processo". As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Juiz de exceção
A direção do PMDB acredita que o grampo telefônico aumenta a pressão pelo impeachment, mas também gera solidariedade. O presidente do Senado, Renan Calheiros, foi um dos que protestaram contra o juiz Sergio Moro. Delatado por Delcídio do Amaral, Renan referiu-se a Moro como sendo um “juiz de exceção”. As informações são do colunista Ilimar Franco, do jornal O Globo.
Bizarrice e desfaçatez
Em manifestações politizadas no plenário do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes fez nessa quarta-feira (16/3) uma série de críticas ao governo Dilma Rousseff e disse que a ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa Civil é “uma bizarrice que nos enche de vergonha”. “É preciso muita desfaçatez para obrar desta forma com as instituições. É preciso ter perdido aquele limite que distingue civilização de barbárie”, disse o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Julgamento separa a família
O fato de Lula e Marisa serem casados em regime de comunhão de bens não interfere na decisão sobre ela ser julgada pelo STF ou pela Justiça comum. "O relevante é saber se as condutas apontadas como criminosas são entrelaçadas e se podem ser fatiadas a fim de apuração", avalia o criminalista Alberto Toron. Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, também criminalista, lembra que a orientação recente da Corte tem sido pelo fatiamento. "É possível que entendam que aquele que não tem foro não possa ter essa facilidade ou privilégio, mesmo que o caso esteja conexo”. As informações são da colunista Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo.
Cadeira vazia
No momento mais agudo da crise governista nessa quarta-feira (16/3), não havia ministro da Justiça. Somente às 19h30, com a publicação da edição extra do Diário Oficial, Eugênio Aragão foi nomeado para o cargo. As informações são da coluna , do jornal Folha de S.Paulo.
À espera de Janot
A Procuradoria-Geral da República vai analisar os grampos liberados pelo juiz Sergio Moro para decidir se investiga a presidente Dilma Rousseff por obstrução de Justiça. A decisão, porém, só será tomada quando o procurador-geral, Rodrigo Janot, retornar ao Brasil, na semana que vem. As informações são da coluna , do jornal Folha de S.Paulo.
Falando da Suíça
Janot, que está na Suíça para reuniões com o Ministério Público daquele país, afirmou no hotel em que está hospedado que ninguém é imune a investigações, ao ser questionado sobre a possibilidade de pedir a abertura de inquérito contra a presidente Dilma Rousseff por causa das suspeitas de tentar obstruir as investigações da operação “lava jato”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Na conta de Aécio
Documentos de investigações da Polícia Federal de 2007 revelam que o doleiro Norbert Muller reou pelo menos US$ 32 mil para uma conta secreta da família do senador Aécio neves (PSDB-MG) no LGT Bank de Liechtenstein, um paraíso fiscal. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Contaminação por mercúrio
A multinacional alemã Osram foi condenada a pagar R$ 20 milhões por danos materiais e morais a 236 trabalhadores contaminados com mercúrio metálico na unidade de Osasco. O acordo da fabricante de lâmpadas com o Ministério Público do Trabalho foi fechado na terça-feira (15/3). As informações são da colunista Monica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
OPINIÃO
Juiz natural
A nomeação do ex-presidente Lula para o Ministério da Casa Civil faz com que o Supremo Tribunal Federal tenha que responder a uma pergunta: pode algum cidadão escolher o juiz que o julgará e o membro do Ministério Público que o investigará e o denunciará? A tese é de Gustavo Binenbojm, professor titular da Faculdade de Direito da Uerj, em artigo publicado no jornal O Globo. “A resposta é desenganadamente negativa. Um dos princípios cardeais de qualquer sistema judicial é o do juiz natural e, por extensão, do promotor natural. As regras definidoras das competências de juízes e promotores devem estar fixadas ex ante, precisamente para evitar qualquer tentativa de manipulação de eventuais investigados ou réus. A imparcialidade e a integridade do sistema de Justiça dependem da observância dessas regras”, escreveu Binenbojm.
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