115 mil anularam voto no RS ao votar para presidente no campo de governador
24 de outubro de 2018, 19h26
No primeiro turno das eleições, 115 mil gaúchos anularam o voto para governador ao apertarem 17, número do presidenciável Jair Bolsonaro, quando o PSL não tinha candidato ao cargo no Rio Grande do Sul.
O dado confirmado pelo Tribunal Regional Eleitoral do estado complementa a informação de que não houve fraude em nenhuma urna que ou por auditoria, como alegaram alguns eleitores após supostos problemas com as urnas. Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo também aram por auditorias após denúncias e não constataram irregularidades.
O procurador da República João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, membro auxiliar da Procuradoria-Geral Eleitoral, usou sua conta no Twitter para comentar o caso. Ele ressaltou que apesar das pessoas atribuírem o suposto problema a fraudes, o que realmente aconteceu é que as elas não souberam usar a urna na hora de votar, desconhecendo a ordem dos candidatos.
"Mesmo diante de inúmeras explicações racionais, ainda há uma grande massa de pessoas que insiste em atribuir os problemas a fraudes, de forma absolutamente irracional, fomentando teorias da conspiração e propagando fake news”, escreveu João Paulo Lordelo.
Em postagens, algumas pessoas comentaram que trabalharam nas eleições e aram pro problemas parecidos. Há relato de eleitor que ameaçou processar "todo mundo", mas estava tentando votar apertando na tela, como se fosse touch-screen, além de comentários de mesários que constataram sempre o mesmo erro diante das reclamações e insinuações de fraudes porque a foto do candidato não aparecia: erro no número ou na ordem dos cargos.
"A histeria coletiva do primeiro turno só revela o quanto ainda somos, nós brasileiros, propensos à desinformação. A ausência de pensamento crítico (trocado pela irracionalidade, pelas paixões), é algo absolutamente assustador", comentou o procurador.
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