Comunidade jurídica celebra os 20 anos de Gilmar no Supremo Tribunal Federal
23 de junho de 2022, 21h06
Quando o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, começou a estragar a festa da autoapelidada "operação lava jato", ao mostrar que a turminha de Curitiba usava a mentira como ferramenta de trabalho e praticava crimes a pretexto de combater o crime, a revista Veja espalhou uma capa com uma chamada nada sutil. Ela dizia que Gilmar era o inimigo do Brasil.
A opinião de Veja não era isolada. Era compartilhada pela Folha de S.Paulo, pelo Estadão, pelo Globo e pela aldeia global. De lá pra cá, quando a imprensa elegeu Jair Bolsonaro para presidir o país e descobriu que o truque da "lava jato" foi uma furada, já era tarde. O que fazer numa hora dessas? itir o erro e pedir desculpas? Culpar os astros? Ou sair de fininho fazendo de conta que nada aconteceu?
Na última segunda-feira (20/6), personagens de proa do mundo jurídico compareceram (ou não compareceram, mas apoiaram) a uma homenagem ao antigo "inimigo público do Brasil". A imprensa que o alvejou perdeu seu alcance na faixa de 70%. Não se sabe dizer o quanto cresceu o prestígio do seu inimigo.
A Editora Contracorrente (e o nome tem significado) lançou o livro "A defesa da Constituição e do Estado de Direito: homenagem aos 20 anos do Ministro Gilmar Mendes no STF", organizado por Sérgio Antônio Ferreira Victor, Luciano Felício Fuck, Fábio Lima Quintas e Georges Abboud.
Na descrição de especialistas respeitados, o livro colheu uma amostra que descortina a capacidade de Gilmar de lançar luz sobre casos complexos e fundamentais para a democracia do ângulo constitucional. Algo que, naturalmente, foge à perspectiva jornalística. Mas, enquanto a imprensa colhe os frutos do que plantou, o ministro colhe os dele.
Veja as fotos do encontro da última segunda-feira:

Fotos: ConJur














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