Anuário da Justiça

TRE-SP prioriza atendimento às comunidades tradicionais em 2022

25 de novembro de 2022, 10h43

*Reportagem publicada no Anuário da Justiça São Paulo 2022, lançado no dia 8 de novembro no Tribunal de Justiça de São Paulo. A publicação está disponível gratuitamente na versão online (clique aqui para ler) e à venda na Livraria ConJur, em sua versão impressa (clique aqui para comprar).

Anuário da Justiça
Ao assumir a presidência do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, em 2022, o desembargador Paulo Galizia investiu em projetos para garantir o voto dos 35 milhões de eleitores paulistas, com um olhar especial para os integrantes de comunidades tradicionais, os moradores de assentamentos e povos indígenas. “Mapeamos esses locais espalhados pelo estado para a implantação de melhorias. Já tivemos ações do Projeto Inclusão Político-Eleitoral nas aldeias indígenas de Tendondé Porã e Jaraguá, nas terras de Araribá e nas comunidades caiçaras de Bonete e Castelhanos”, diz Galizia.

Parte da população ainda se vê à margem do mundo digital e para garantir o cadastro desses eleitores, foi colocada em ação a Parceria Cidadã, feita em conjunto com os municípios paulistas. “Nas regiões onde a Justiça Eleitoral não possui pontos de atendimento, as prefeituras disponibilizam um local e um funcionário para auxiliar os cidadãos que procuram os serviços eleitorais. A medida evita que essas pessoas tenham que se deslocar para regiões distantes”, explica o presidente do TRE-SP.

Desde o pleito anterior, são mantidas ações de incentivo para que pessoas transgênero consigam utilizar seu nome social no documento eleitoral. A preocupação com a diversidade de gênero, a raça e a posição social é mantida na hora do registro de candidaturas, segundo o desembargador.

Para a eleição de 2022, foram registrados 3.588 pedidos de candidatura em São Paulo: dez para governador, dez para vice-governador, 11 para senador, 1.509 para deputado federal, 2.026 para deputado estadual e o restante para suplentes.

Julgar com celeridade casos de propaganda eleitoral antecipada no estado é outra demanda regular. Até o início do segundo semestre de 2022, o TRE-SP havia recebido 46 representações e julgado 35 delas. Representam 85% dos casos publicações ilegais na internet e outdoors com campanhas fora da época permitida.

O tempo de giro do acervo na Justiça Eleitoral de São Paulo é de seis meses, de acordo com dados do Justiça em Números 2022, publicação do Conselho Nacional de Justiça. Esse indicador é calculado pela razão entre os pendentes e os baixados pelo tribunal.

Em 2021, recebeu oito mil novos casos em primeira e segunda instâncias e terminou o ano com 42.615 processos pendentes. Em média, cada um dos 400 juízes julgou 212 casos no período. Quase 4.300 servidores dão e ao trabalho dos magistrados. Na segunda instância, três mil casos novos foram autuados e 4.300 decisões foram proferidas em 2021, segundo dados do TRE-SP.

Os investimentos em tecnologia nos últimos anos permitiram que 99,9% dos casos novos chegassem em formato digital em 2021. Em agosto de 2022, 99,3% das unidades de primeira instância eram de Juízo 100% Digital. O principal impacto dessa mudança de paradigma é no tempo do processo. Dados do CNJ mostram que o julgamento dos processos em papel leva em média 5 anos e 1 mês. Entre os eletrônicos, a média é de 1 ano e 2 meses.

A tecnologia já faz parte do ritual da eleição. Além da segurança proporcionada pelas urnas eletrônicas, o TRE-SP ampliou o uso da biometria. Mais de 23 milhões de impressões digitais, 67% do eleitorado do estado, já têm o registro para o reconhecimento digital. Parceria com a Secretaria Nacional de Trânsito permitiu o o a mais de quatro milhões de registros biométricos. No dia do pleito, os cadernos de votação trouxeram os dados para identificação dos eleitores com o aviso “biometria fornecida por órgão conveniado à Justiça Eleitoral”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No cotidiano do tribunal, os avanços tecnológicos não impedem que o advogado faça a sua sustentação oral à moda antiga. Com o avanço da vacinação e a drástica queda no número de infectados pela covid-19, em março de 2022, o TRE-SP decidiu retomar as sessões e sustentações orais em formato presencial. Mas manteve as telepresenciais.

Em tempos de fake news, o tribunal mantém e reforça alguns aspectos, como o da segurança no processo de votação. “Nesse sentido, fizemos reuniões com as polícias civil, militar e federal para garantir que as eleições transcorram de forma tranquila em todo o estado”, relata Galizia. Essa segurança envolve cuidar dos eleitores e dos mais de 400 mil colaboradores responsáveis pela organização nos cartórios eleitorais. Mais de 100 mil urnas foram distribuídas só no primeiro turno da eleição de 2022.

O presidente do TRE-SP reforça dados contra as notícias que insistem em invalidar a tecnologia da votação eletrônica. “A Justiça Eleitoral utiliza a urna eletrônica há 25 anos e de lá para cá não há nenhum caso de fraude comprovado. Todo o processo eletrônico de votação é cercado de diversas barreiras que impedem a sua adulteração, como a criptografia, que transforma todas as informações em sinais. Além disso, a urna eletrônica não está conectada à internet”, lembra. O TRE-SP age contra esse tipo de desinformação por meio de campanhas de esclarecimento, por meio das redes sociais e site do tribunal, e com treinamentos. Em agosto de 2022, firmou o Termo de Compromisso pela Democracia, que formalizou a cooperação dos políticos no esclarecimento de dúvidas da população e até na fiscalização do processo eleitoral.

Anuário da Justiça São Paulo 2022
ISSN: 2179244-5
Edição: 2022
Número de páginas: 324
Editora ConJur
Versão impressa: R$ 40, exclusivamente na Livraria ConJur (clique aqui)
Versão digital: e gratuitamente pelo site http://anuario.conjur.com.br e pelo app Anuário da Justiça

Anunciantes desta edição
Adilson Macabu & Nelson Pinto Advogados
Abreu Sampaio Advocacia
Antonio de Pádua Soubhie Nogueira
Arruda Alvim & Thereza Alvim Advocacia e Consultoria Jurídica
Associação Educacional Nove de Julho
Associação Paulista de Magistrados – APAMAGIS
Ayres Britto Consultoria Jurídica e Advocacia
Bialski Advogados Associados
Bottini & Tamasauskas Advogados
Caselli Guimarães Advogados
Cury & Cury Sociedade de Advogados
Dannemann Siemsen Advogados
David Rechulski, Advogados
Décio Freire Advogados
Dias de Souza Advogados
Duarte Garcia, Serra Netto e Terra Advogados
D’Urso & Borges Advogados Associados
Eckermann Yaegashi Santos Sociedade de Advogados
Eduardo Miranda Sociedade de Advogados
Fontes Tarso Ribeiro Advogados Associados
Fux Advogados
Goulart Penteado Sociedade de Advogados
Heleno Torres Advogados 
JBS S.A.
Leite, Tosto e Barros Advogados
Machado Meyer Advogados
Mesquita Ribeiro Advogados
Milaré Advogados
Moraes Pitombo Advogados
Original 123 Assessoria de Imprensa
Pardo Advogados & Associados
Refit
Rocha, Marinho e Sales Advogados
Sergio Bermudes Advogados
SOB – Sacramone, Orleans e Bragança Advogados
Tavares & Krasovic Advogados
Thomaz Bastos, Waisberg, Kurzweil Advogados
Tojal Renault Advogados 
Warde Advogados

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!