Alexandre cobra informações da PF sobre ação contra deputado em Alagoas
13 de outubro de 2022, 7h43
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, determinou que a Superintendência da Polícia Federal de Alagoas apresente informações sobre a ação que abordou o presidente da Assembleia Legislativa do estado, Marcelo Victor (MDB), em um hotel e o levou para depor. Alexandre deu prazo de 48 horas à PF alagoana para cumprir a ordem.

O pedido foi feito pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), aliado político de Victor, e pelo Diretório Estadual do MDB em Alagoas. Renan acusa a Polícia Federal de ter agido politicamente para prejudicar Marcelo Victor, que se reelegeu como deputado estadual.
Na ação ajuizada no TSE, Calheiros alegou que agentes da PF "invadiram" o Hotel Ritz Lago da Anta, em Maceió, para abordar Marcelo Victor e um assessor, "sem mandado de busca e sem qualquer causa provável". Na ocasião, a PF afirmou ter encontrado uma mala com R$ 145 mil e material de campanha de Marcelo Victor.
O senador afirmou que "suspeita de que tenha ocorrido interferência política do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, junto à Superintendência da PF para que fosse realizada a operação, a fim de causar prejuízos eleitorais a Marcelo Victor". Ele alega que o presidente Jair Bolsonaro (PL) trocou o comando da PF em Alagoas a pedido de Lira (PP-AL).
"Determino à Superintendência da Polícia Federal de Alagoas que, no prazo de 48 horas, preste as devidas informações, mediante a apresentação de cópia dos documentos existentes que justifiquem o ingresso de seus agentes no dia 30 de setembro de 2022 no Hotel Ritz Lagoa da Anta, ocasião na qual abordado o Presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, candidato a deputado estadual pelo MDB, Marcelo Victor", escreveu Moraes na decisão.
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Pet 0601368-20.2022.6.00.0000
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