Alexandre de Moraes adia depoimento de Anderson Torres à PF
23 de janeiro de 2023, 12h21
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu, neste domingo (22/1), adiar para o próximo dia 2/2 o interrogatório do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, que seria feito pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (23/1).

O adiamento do depoimento busca garantir à defesa o tempo necessário para a análise dos autos do inquérito no qual Torres é investigado. As acusações são de omissão durante os ataques terroristas praticados por bolsonaristas golpistas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8/1.
A defesa do recém-exonerado secretário distrital havia solicitado o aos autos dos inquéritos das fake news, das milícias digitais antidemocráticas e dos atos antidemocráticos — que contêm conteúdos sigilosos. O magistrado também acolheu o pedido.
O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) foi preso no dia 14/1, após voltar de viagem aos EUA. Sua prisão preventiva foi ordenada por Alexandre e referendada pelo Plenário do STF. Os ministros consideraram que as autoridades de segurança do DF, chefiadas à época por Torres, foram coniventes com os bolsonaristas invasores.
Além de Torres, são investigadas no mesmo inquérito outras autoridades da ocasião: o governador afastado (a mando do STF) Ibaneis Rocha (MDB); o ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF, Fábio Augusto Vieira, também preso; e o ex-secretário-executivo da Segurança Pública distrital, Fernando de Sousa Oliveira, número dois da equipe de Torres, recentemente exonerado.
A segurança pública do DF está sob intervenção federal desde o dia dos ataques. A medida foi decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e confirmada pelo Congresso.
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Inq. 4.923
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