GRANDES TEMAS, GRANDES NOMES

Rota para o Pacífico aumentará a produção no país, diz Wesley Batista

 

21 de agosto de 2024, 18h15

A criação de um corredor de transporte de cargas na direção do Oceano Pacífico, dedicado ao mercado asiático, permitirá ao Brasil aumentar sua produção tanto no setor agrícola quanto nos demais segmentos, avalia o empresário Wesley Batista.

Para Wesley, Brasil pode aumentar produção com os recursos que já tem

Acionista controlador — junto com seu irmão, Joesley — do Grupo J&F, Wesley falou sobre o assunto em entrevista à série Grandes Temas, Grandes Nomes do Direito. Nela, a revista eletrônica Consultor Jurídico conversa com alguns dos nomes mais importantes do Direito e do empresariado sobre os assuntos mais relevantes da atualidade.

“O Brasil tem vocação produtiva. Então, esse é um desafio e uma oportunidade. O Brasil está fazendo o certo ao olhar para essa opção de sair para o Pacífico. Isso significa economia em termos de custo do país e de tempo, que é dinheiro. Nós olhamos para isso de forma muito otimista, pois vemos que o Brasil está focado em construir uma alternativa sua para escoar produção”, disse o empresário.

Para ele, porém, a espera pela conclusão dessa nova rota de escoamento precisa estar acompanhada de um trabalho interno para a redução de entraves burocráticos — esforço que deve ser feito em todos os níveis da vida nacional.

“Há uma questão que está ligada à burocracia. Nós temos de focar nisso e tentar reduzir essa burocracia para que possamos fazer coisas de maneira mais rápida. Mas burocracia também existe dentro de uma empresa privada. Então, há sempre esse desafio de reduzi-la, seja no setor público, seja no privado.”

Mais com o mesmo

Para o empresário, no momento em que tais mudanças forem implementadas, o Brasil terá condições de aumentar sua produtividade na pecuária e no plantio, por exemplo, da soja e do algodão, até mesmo em áreas tidas como degradadas e improdutivas.

“O Brasil tem condição de produzir muito mais com o que ele já tem. O Brasil tem mais de 200 milhões de cabeças (de gado), mas produz menos toneladas de carne do que os Estados Unidos, que têm menos de cem milhões de cabeças”, comentou Wesley.

“O Brasil vai produzir mais com as áreas que tem. Não precisa derrubar um palmo (a mais) de terra. O produtor brasileiro, da pecuária, da agricultura, é gente séria, é trabalhador. Lógico que temos problemas. Há gente na ilegalidade, derrubando árvore ou fazendo outras coisas, mas é a minoria.”

Clique aqui para assistir à entrevista ou veja abaixo:

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