SOB NOVA DIREÇÃO

Ana Paula Lockmann toma posse como presidente do TRT-15

 

9 de dezembro de 2024, 19h13

A desembargadora Ana Paula Pellegrina Lockmann tomou posse como presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (interior de São Paulo) em cerimônia ocorrida na última quinta-feira (5/12). Ela vai presidir a corte trabalhista no biênio 2024-2026.

Magistrada é a quarta mulher a presidir o segundo maior tribunal trabalhista do país

No evento, também foram empossados os desembargadores Helcio Dantas Lobo Júnior, como vice-presidente istrativo, e Wilton Borba Canicoba, como vice-presidente judicial.

Os novos representantes da Corregedoria, desembargadores Renan Ravel Rodrigues Fagundes (corregedor) e Edison dos Santos Pelegrini (vice-corregedor); da Escola Judicial, desembargadores Luiz Felipe Paim da Luz Bruno Lobo (diretor) e Eleonora Bordini Coca (vice-diretora); e da Ouvidoria, desembargadores Edmundo Fraga Lopes (ouvidor) e Rosemeire Uehara Tanaka (vice-ouvidora), também tomaram posse na solenidade.

Com sede em Campinas (SP), o tribunal é o segundo maior TRT do país em movimentação processual. A corte possui 153 varas do Trabalho, 371 juízes e mais de três mil servidores.

Planos para o biênio

Em discurso, a nova presidente do TRT-15 falou sobre sua trajetória na Justiça do Trabalho, iniciada em 1992, e citou o exemplo de sua mãe, Maria Aparecida Pellegrina, a primeira mulher a presidir o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (Grande São Paulo e litoral paulista).

“Meu paradigma: mulher de fibra e de determinação. Você me ensinou os princípios da vida e a nunca desistir de lutar, a acreditar nos valores humanos”, disse a desembargadora, que se tornou a quarta mulher a presidir o TRT-15.

Ana Paula Lockmann também destacou as transformações impostas pela tecnologia às relações de trabalho e o papel do magistrado diante de tais desafios. Para a desembargadora, é imprescindível que o Judiciário acompanhe essas inovações, com visão estratégica para lidar com as mudanças que batem às portas da Justiça.

A magistrada falou ainda sobre a reforma trabalhista de 2017. Segundo ela, embora tenha pretendido modernizar as relações de trabalho, a reforma não foi suficiente para regular a complexidade das modalidades surgidas com as novas tecnologias. Ela também reforçou a vocação conciliatória da Justiça do Trabalho e o compromisso com a gestão sustentável.

Em entrevista à TV ConJur, a nova presidente disse que outra marca de sua atuação à frente do TRT-15 será a aplicação dos precedentes estabelecidos pelos tribunais superiores, como forma de diminuir a litigiosidade e reafirmar a competência tanto da Justiça do Trabalho quanto do Judiciário como um todo.

“Em outra vertente, queremos atuar contra a litigância predatória. Também queremos trabalhar com simetria para racionalizar os processos que tramitam entre as varas do Trabalho. Mas sem descurar das políticas públicas, como o combate ao trabalho infantil e ao trabalho análogo à escravidão, além do tema do trabalho seguro”, disse a magistrada.

Clique aqui para assistir à entrevista ou veja abaixo:

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