Na ótica da Rerum Novarum, o desafio para o Papa Leão XIV
25 de maio de 2025, 9h00
Algum ilustre pensador teria afirmado que “a História é mestra da vida”; e nada há de mais acertado.
No campo da Sociologia, como em muitos outros, aprende-se mais analisando o ado do que especulando o futuro.
Dessa verdade tão cristalina, entretanto, o homem muitas vezes se olvida, pois prefere edificar seus dias sonhando com o que ele poderá vir a ser amanhã do que sendo, hoje, o que lhe é conveniente.
Desse frequente desacerto de ótica a própria História nos dá exemplos de sobejo, quase incalculáveis.
Fato é que, quando queremos vislumbrar os mares que, no presente, precisamos singrar para chegar ao porto desejado do amanhã, mais vale olhar para o firmamento da História – sempre estável – do que para o próprio mar, por vezes traiçoeiro e imprevisível.
A essa regra, aliás, a Jurisprudência e o Direito também não escapam: dentre os mais ilustres de meus colegas, qual deles ousaria afirmar que, para aplicar e interpretar nossas leis atuais, podemos prescindir do ado?
Assim, quando evocamos a certeza da História que já ou, podemos colher dados para melhor cruzarmos a História que, a cada dia, estamos escrevendo no indelével livro da vida.
É, pois, de uma feliz contemplação do ado que podemos, com mais segurança, construir nosso futuro.
Ora, o que nos motiva a redigir este artigo é um fato que celebra o presente, traz à memória o ado e, por isso mesmo, aponta esperanças para o futuro: a recente eleição do Papa Leão XIV!
Há poucos dias, esteve a totalidade do mundo atenta, à espera de saber quem seria o homem sobre o qual pairaria o encargo mais augusto da Terra, o de ser Vigário de Cristo e Pastor da Igreja – Pontífice entre todos os Pontífices.
E a surpresa parece ter sido dupla: primeiro, pelo nome do eleito – Robert Francis Prevost; segundo, pelo nome escolhido pelo eleito – Leão XIV.
Mas também pelo seguinte, Prevost é o primeiro agostiniano a ser escolhido como Papa, além de ser o primeiro Pontífice norte-americano.
Diante dessas novidades, que poderiam ser ime para divisar o futuro, a bússola apontava o caminho, pois de suas primeiras palavras enquanto Papa, desde a loggia, diante da multidão que o ouvia comovida, delineava-se o perfil de Pastor: após saudar a todos com a paz de Cristo ressuscitado, Leão XIV frisou que “o mal não prevalecerá!”[1]
Logo, por detrás desse imperativo de vitória, radicado na Pessoa de Cristo e prometido à Igreja, uma série de imagens do ado começou a se sobrepor à daquele Pontífice que, de modo muito criterioso, escolhera o nome de Leão.
Na esteira dos Papas Leão
Deveras, o primeiro Leão da Igreja (440-461) recebera o cognome de Magno, pois sua obra fora imensa: à vasta cultura teológica que o caracterizou e que assegurou, dentre outras coisas, a ortodoxia acerca da integridade das duas naturezas de Cristo na unicidade de sua Pessoa divina, soma-se sua ampla e piedosa obra literária, com centenas de sermões.
Mas também, como não rememorar aqui a fortaleza de São Leão Magno diante da horda bárbara que se assomava a invadir e saquear a Cidade Eterna? Ao ímpeto de Átila não houve quem fizesse frente ao invasor, a não ser Leão.
Alguns séculos depois, foi Leão II (682-683) – santo – quem se encarregou ainda de reafirmar a verdade doutrinária das naturezas de Cristo; e dele observa-se “uma singular eloquência, o conhecimento das divinas Escrituras e do canto”.[2]
Outro santo, Leão III (795-816), soube projetar ao Imperador Carlos Magno uma grandeza maior do que a sua própria, coroando-o em uma noite de Natal; não sem antes ter sofrido uma dura perseguição por parte de autoridades que invejavam sua ímpar condição papal.
Ainda este mesmo Leão III foi quem construiu pontes sólidas entre a Igreja Latina e a Igreja Grega, no intuito de mitigar e resolver os debates doutrinários acerca do “Filioque procedit”; tivessem-no ouvido, não se teria dado o Cisma Greco-Latino instigado por Miguel Cerulário, duzentos anos mais tarde.
Na esteira desses Papas, há também São Leão IV (847-855), curiosamente, sagrado bispo de Roma na cercania do período Pascal, de quem se ressalta “a paciência, a humildade, a bondade, o amor pela justiça, o estudo assíduo pelas Sagradas Escrituras”.[3]
Leão V (julho a setembro de 903), por sua vez, soube testemunhar pela própria vida o cargo que assumira: foi morto por ódio à fé!
De Leão VI (928 – apenas 7 meses) não se tem maiores registros, mas de Leão VII (936-939) sabe-se que fomentou os movimentos religiosos, pelos excelentes frutos que podiam produzir. Ele soube medir a importância vital das Ordens Religiosas na Igreja e, por decorrência, na sociedade; ademais de ter acenado sérias intenções de renovação do clero secular, não fosse sua curta vida ter-se encerrado antes de tais concretizações.
Quanto a Leão VIII (963-965), sobre quem pairam divergências históricas de difícil interpretação,[4] colhamos o fato de ter sofrido pressões não pequenas daqueles que, enquanto chefes de Estado, queriam impor sua autoridade àquele que é Pastor Universal.
Mas se não bastassem tantos traços que, pela simples evocação de um nome, unem o ado ao presente, São Leão IX (1049-1054) é outro Papa que vem brilhar no firmamento da Igreja, no pórtico da Idade Média: por aquilo que viveu e pela maneira como foi sendo forjada sua vida, dir-se-ia ter sido destinado ao Papado desde cedo, já que se mostrou logo “um ótimo escritor, musicista e, sucessivamente, excelente canonista e teólogo; e, mais tarde, como bispo, um notável reformador”.[5]
Encerrada a vida de São Leão IX, somente quatro séculos mais tarde é que surgirá um novo Leão na História da Igreja, o décimo da lista. No entanto, de Leão X (1513-1521), a História registra luzes e sombras, pois, se de um lado esteve atento aos problemas políticos e artísticos, de outro, parece ter se despreocupado da grande questão de seu século, o drama entre o catolicismo e o protestantismo.
Seja como for, competiu a este Leão X o timão de uma Igreja que singrava mares encapelados,[6] ocasião em que se oferta a certos homens-chave a possibilidade de se tornarem grandes aos olhos de Deus, mas também da História.
Outra vez, não deixam de ser notáveis os paralelos entre os Leões do ado com o de nossos dias.
ando, mais tarde, pelo ligeiro pontificado de Leão XI (1º a 27 de abril de 1605),[7] o de Leão XII (1823-1829) irrompe em meio a uma conjuntura histórico-política bastante complexa: devido ao espírito revolucionário que ainda soprava pela Europa, banhada no sangue da Revolução sa, o colégio cardinalício parecia dividido em duas correntes, já que alguns viam a impreterível necessidade de uma reação séria e profunda da Igreja – sob pena de ela vir a adaptar-se aos ventos do igualitarismo; e outros, pelo contrário, preferiam sua adequação ao liberalismo galopante.
Cumpria a este Papa, portanto, a tentativa de firmar os princípios da fé e solidificar a imagem de sucessor de Pedro, inclusive para além das fronteiras da Europa, através do notável labor da Propaganda Fide.
Incumbiu-se ainda este Leão de celebrar o ano jubilar de 1825. Duzentos anos mais tarde, caberá a outro Leão festejar o de 2025.
Leão XIII e a inolvidável Encíclica Rerum Novarum
Contudo, é na última quadra do século XIX que a Igreja teve no trono de Pedro seu décimo terceiro Papa Leão. Seu pontificado – não fosse o curto espaço de que dispomos nesta renomada revista eletrônica – exigiria uma análise muito cuidadosa, pois sua personalidade é bastante singular.
Formado por jesuítas, mais tarde foi enviado como delegado apostólico a Benevento e, em seguida, à Bélgica. Chegou a tomar contato com as realidades vividas em Londres, Colônia e Paris. Anos depois, foi nomeado bispo de Perugia, onde permaneceu longos trinta anos, sendo agraciado com o cardinalato.
Forjou-se um “homem completo”, pois além da profunda formação teológica, sabia-se Pastor.[8]
Tão logo eleito Papa, Leão XIII quis dar sua primeira mensagem ao mundo, contrariando um costume já centenário: em vez de comparecer à loggia para a bênção urbi et orbe, distribuiu-a desde um balcão interno da Basílica, transmitindo assim, por seu gesto, a desaprovação e pesar pelo modo como o Estado romano vinha tratando a Santa Sé.
Em seu proceder, sabia medir a importância dos detalhes.
No mais, o programa de seu pontificado visou essencialmente a “recristianização do mundo moderno”,[9] com vistas a curar os males da civilização. Por isso, alertou desde cedo que se a civilização “não estiver fundada sobre os princípios da verdade e sobre as imutáveis normas da retidão e da justiça, se uma caridade não ligar entre si os ânimos de todos e não regular suavemente os mútuos ofícios, [faltar-lhe-ão suas bases sólidas]”.[10]
Contudo, cabe ainda salientar que, quando ele foi elevado ao sólio Pontifício, a Europa encontrava-se em ebulição pelos novos fermentos ideológicos que lhe assaltavam: positivismo, evolucionismo, marxismo etc., pelo que sua luta seria muito árdua!
E a História assim o comprovou!
Porém, Leão XIII não se intimidou diante das ameaças; homem de vasto saber, sensibilíssimo aos problemas gerais da cultura moderna, tornou-se também memorável por suas 51 encíclicas e pelo vigor e clarividência com que enfrentou os problemas socias de sua época.[11]
Neste bojo, sua inolvidável encíclica Rerum Novarum (15 de maio de 1891) trouxe luzes que continuam a apontar o rumo aos que, ora, navegam pelos mares turbulentos dessa “sede de inovações”[12] que assola nosso mundo.
De fato, caros colegas, “os espíritos estão apreensivos e numa ansiedade expectante, o que por si só basta para mostrar quantos e quão graves interesses estão em jogo”.[13] E digo, em jogo não apenas na Igreja, mas em toda a sociedade, e, por isso, na mesa de trabalho de cada um de vós, responsáveis pela justiça de nossa nação.
Como bem apontava o saudoso Leão XIII, “esta situação preocupa e põe ao mesmo tempo em exercício o gênio dos doutos, a prudência dos sábios, as deliberações das reuniões populares, a perspicácia dos legisladores e os conselhos dos governantes, e não há, presentemente, outra causa que impressione com tanta veemência o espírito humano”.[14]
Assim, o cerne do problema trazido à baila por Leão XIII – e que, como sabemos, diz mais respeito ainda ao nosso tempo do que ao dele – encontra-se no fato de as pessoas – independente da classe social e do papel que desempenhem, patrões ou operários – olvidarem-se do aperfeiçoamento moral e religioso.
Em outras palavras: esteja Cristo no centro que todos os desníveis sociais e econômicos se ajustam, pois que o motor das ações humanas deixará de ser alimentado pelo combustível dos egoísmos e ará a ser nutrido pela promoção da caridade.
Não nos esqueçamos de que a paz, segundo o apurado juízo de Tomás de Aquino, é diretamente obra da caridade, que por sua própria natureza é pacificadora (S. Th., II-II, q. 29, a. 3).[15]
Desta feita, o imperativo do Vigário de Cristo é claro: é para o bem dos homens, a soberania da política, da liberdade humana e de outros assuntos congêneres que se visa estimular a reta conduta dos homens, conforme a justiça e a equidade, da qual meus caros colegas magistrados são representantes.
Em síntese, Leão XIII não pretendeu criar uma nova civilização, “mas fez brotar uma nova cultura católica em condições de dar frutos copiosos e significativos nos vários campos da política, da moral, da arte, da filosofia e da teologia”.[16] Soube mostrar ao mundo o intransferível papel que a Igreja desempenha, enquanto sacramento universal de salvação. Soube alinhar Igreja e Estado.
E Leão XIV?
Ora, quando a História presente parecia já deixar distante o papel desses homens que optaram por se chamar Leão – homens que, em geral, quiseram de algum modo fazer soar ao mundo um apelo – é que, outra vez, nossos olhos aram a mirar o futuro: Robert Prevost, aceitando ser Papa, escolheu ser Leão!
Mas, se é verdade que cada Pontífice absorve o seu papel de Vigário de Cristo de uma maneira específica, que é determinada tanto pela sua personalidade quanto pelas exigências da Igreja e das condições da humanidade naquele exato momento histórico em que ele é chamado a agir, podemos crer que Leão XIV ou a apontar ao mundo de hoje uma esperança cheia de fé, luz e esperança: “o mal não prevalecerá!”[17]
Portanto, ao rendermos nossas homenagens a ele e ao seu pontificado, que ora se inicia, o qual jogará na História um papel talvez mais decisivo do que tantos outros antes elencados, temos de ter em vista o seguinte: como cristãos que somos, singramos mares difíceis de navegar.
Aliás, ele próprio já nos alertou: “Vivemos tempos difíceis de atravessar e narrar, que representam um desafio para todos nós, do qual não devemos fugir”.[18]
De fato, no meio do caos que se generaliza, o Direito e a Jurisprudência precisam fazer render seus talentos, no intuito de atender às solicitações claramente expostas por Leão XIII e que, hoje, por meio de Leão XIV, tomam recobrada proporção: se é verdade que a luta de classes é algo condenável, é imperativo que as classes vivam em harmonia.
Assim, se os pobres não podem viver em estado de luta contra os ricos, os ricos, sobretudo, não podem viver em estado de perseguição contra os pobres, subtraindo-lhes direitos e bens.
Aos ricos, de modo relevante, cabe o dever de fazer imperar a justiça, pois que a harmonia de classes comedidamente desiguais é o bem da sociedade. O próprio Leão Magno dissera que “todo aquele que por amor se compadece de uma miséria alheia se enriquece, não somente com a virtude de sua boa vontade, mas também com o dom da paz”.[19]
Efetivamente, segundo já nos tem acenado Leão XIV, o bom entendimento entre as classes não vem da paulada – permitam-me aqui essa expressão forte –, mas apenas da justiça, do trato correto e da ajuda, centrados em Cristo.[20]
Do contrário, teríamos a infeliz surpresa de constatar que, hoje, os ideais socialistas teriam minado mais as classes altas do que aquelas que propugnavam por estabelecer um nivelamento de bases, por serem baixas.
Do exposto, compreendemos como a pessoa de Leão XIV avizinha-se como Papa ideal para edificar muros e pontes. Em primeiro lugar, muros que defendam nossa sociedade da “sede de inovação” apontada pela Rerum Novarum, mas também pontes capazes de unir ricos e pobres, por meio das “misericordiosas entranhas de Cristo”.[21]
Com efeito, ser Pontífice, segundo a etimologia latina da palavra, é ser ponte; e a este Papa Leão parece caber, entre tantas diligências de seu ministério, a imane tarefa de construir uma sólida ponte que nos permita atravessarmos as revoluções que nos assolam, conquanto esteja edificada nos alicerces do Evangelho e da Verdade.[22]
Desta feita, o Papado parece emergir outra vez como um dos raros fatores de ordem no seio de um tsunami crescente, como um farol de estabilidade e esperança.
Dir-se-ia que quanto mais o mundo se materializa, tanto mais parece expandir-se esta única potência ainda capaz de dar uma resposta aos homens que é a Igreja. Afinal, não foi ela, por meio de um Papa Leão, que deteve uma invasão bárbara? Não foi ela, por meio de um Papa Leão, que combateu heresias e fomentou a prática dos bons costumes e da caridade?
Por que não será ela, também hoje, a mestra em harmonizar os povos e conferir-lhes a autêntica paz?!
Do huge challenge que paira sobre os ombros desse Leão depende o futuro, não só dos cristãos, mas desse nosso Brasil e, em larga medida, do mundo.
Ser Leão no século XXI, eis o ingente desafio que aceitou o discreto, inteligente e expedito Robert Prevost!
[1] As primeiras palavras do Papa Leão XIV a Roma e ao mundo, em 8 de maio de 2025. Disponível em: https://www.vaticannews.va/pt/papa.html).
[2] Mondin, Battista. Dicionário Enciclopédico dos Papas. Leão II. São Paulo: Ave Maria, 2003, p. 100.
[3] Id. Leão IV, p. 129.
[4] Sobre Leão VIII paira certa dúbia acerca de sua eleição pontifícia, visto que, sendo simples leigo e secretário do Imperador Oton I, teria sido elevado ao sólio de Pedro por vontade do mesmo Imperador, sem ratificação do clero romano (cf. Mondin, Battista. Op. cit., p. 163).
[5] Mondin, Battista. Op. cit., p. 184.
[6] Sobre Leão X, comentará Daniel Rops: “O pontificado do Papa Medici devia assinalar de maneira marcante, como ele tinha desejado, o auge glorioso do Renascimento, mas permanecerá também, diante do tribunal de Deus, bem como para o julgamento da história, como o pontificado da grande ruptura” (Rops, Daniel. Storia della Chiesa del Cristo IV/1, p. 243-258).
[7] Como se nota, Leão XI reinou por apenas 26 dias.
[8] Em Perugia, por exemplo, obteve uma viva experiência dos problemas e exigências dos fiéis, aos quais dedicou uma sólida formação intelectual, que reluzirá mais tarde, quando for Papa, no incentivo aos estudos cristãos, notadamente do Tomismo.
[9] Mondin, Battista. Op. cit., Leão XIII, p. 600.
[10] Id. Leão XIII, p. 601.
[11] Cf. Mondin, Battista. Op. cit., Leão XIII, p. 607.
[12] Leão XIII. Carta Encíclica Rerum Novarum, de 15 de maio de 1891. Palavras introdutórias. Disponível em: https://www.vatican.va/content/vatican/pt.html.
[13] Leão XIII. Rerum Novarum.
[14] Leão XIII. Rerum Novarum.
[15] Cf. Suma teológica, II-II, q. 29, a. 3. São Paulo: Loyola, 3. ed., 2016, v. 5, trad. Loyola
[16] Mondin, Battista. Op. cit., Leão XIII, p. 616.
[17] As primeiras palavras do Papa Leão XIV a Roma e ao mundo, em 8 de maio de 2025. Disponível em: https://www.vatican.va/content/vatican/pt.html.
[18] Palavras do Papa Leão XIV aos representantes dos meios de comunicação social, em 12 de maio de 2025. Disponível em: https://www.vatican.va/content/vatican/pt.html.
[19] Leão Magno. Sermão 6, sobre a Quaresma. In: Antologia de Textos. 8. ed. Madrid: Ediciones Palabra, 1985, p. 1089.
[20] Neste sentido, recomenda-se a leitura do recente pronunciamento de Leão XIV aos representantes dos meios de comunicação social, de 12 de maio de 2025. Disponível em: https://www.vatican.va/content/vatican/pt.html.
[21] Cf. Leão XIII. Rerum Novarum, de 15 de maio de 1891.
[22] Cabe mencionar aqui as próprias palavras de Leão XIV, em 10 de maio, no sentido de buscar uma resposta à atual revolução digital – “Rerum digitalium”, diríamos –, e que salientam a escolha de seu nome pontifício: “[O Papa Leão XIII, com a encíclica Rerum Novarum, abordou] a questão social no contexto da primeira grande revolução industrial. Hoje, a Igreja oferece a todos o seu patrimônio de doutrina social para responder a uma nova revolução industrial e ao desenvolvimento da inteligência artificial, que traz novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho” (Leão XIV. Encontro com os cardeais, 10 de maio de 2025. Disponível em: https://www.vaticannews.va/pt/papa.html).
Encontrou um erro? Avise nossa equipe!