Crise no agro

Juíza de MT aceita pedido de recuperação judicial do Grupo Safras

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21 de maio de 2025, 20h53

A juíza Giovana Pasqual, da 4ª Vara Cível de Sinop (MT), aceitou nesta terça-feira (20/5) o pedido de recuperação judicial de 38 empresas do Grupo Safras, conglomerado com atuação que vai desde o cultivo, armazenamento e distribuição de grãos até a produção de seus derivados e de bioenergia.

Juíza do MT aceita pedido de recuperação judicial do grupo Safras

Com a decisão, ficam suspensas por 180 dias as ações e execuções contra o grupo

Com a decisão, ficam suspensas por 180 dias todas as ações e execuções contra as empresas. O grupo tem 60 dias para apresentar um plano de recuperação. A empresa AJ1 foi nomeada a a judicial.

Em seu pedido, o conglomerado argumentou que enfrenta uma crise econômico-financeira causada por diversos fatores, como a queda do preço da soja desde 2023; o aumento das taxas de juros; a dificuldade de o a linhas de crédito; e a compra da empresa Copagri, com a consequente absorção de seu ivo.

A juíza deferiu o pedido “diante da averiguação dos pressupostos legais exigidos, visando viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira dos requerentes, permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da atividade empresarial, sua função social e o estímulo à atividade econômica”.

A decisão deixou de fora a empresa RD Armazéns Gerais porque suas atividades estão paralisadas desde 2022. O grupo argumentou que sua inatividade é consequência direta da crise que motivou o pedido, mas a juíza entendeu que não ficou provado que a participação dela é essencial para a superação dos problemas.

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Processo 1007134-62.2025.8.11.0015

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