Cade aprova sem qualquer restrição a fusão entre Petz e Cobasi
5 de junho de 2025, 7h31
A Superintendência-Geral do Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu parecer favorável à operação de fusão entre Cobasi e Petz, em despacho assinado na última segunda-feira (2/6).

Cade emitiu parecer favorável à fusão das principais varejistas de produtos para pets
As empresas envolvidas na operação atuam, principalmente, no comércio varejista de produtos para pets (lojas físicas e vendas online), que incluem alimentos, medicamentos, produtos para higiene e beleza, além de órios para animais de estimação.
De forma residual, as companhias também atuam com a prestação de serviços veterinários, serviços estéticos de cuidados de animais e com a venda de plantas, flores, animais vivos e outros produtos de conveniência.
Ainda, a Petz tem atuação como fabricante e atacadista de produtos para pets, como tapetes higiênicos, fraldas higiênicas, ração úmida e órios.
Após a instrução, observou-se que nos mercados de serviços veterinários, serviços estéticos de cuidados animais, bem como no comércio varejista de plantas, flores e animais vivos, a fusão não ofereceria qualquer risco à concorrência. A atuação das duas empresas não é significativa nesses mercados e a operação não muda essa condição.
Entrada fácil no setor
Em relação ao comércio varejista de produtos para pets, a análise da SG/Cade indicou que a operação gera concentração relevante em algumas localidades. Apesar disso, foi identificado que esses mercados apresentam facilidade de entrada, ampla diversidade e um grande número de concorrentes.
Esse cenário reforça a avaliação de que as redes envolvidas na fusão não terão espaço para impor alterações negativas nas condições de mercado, como preços, oferta ou qualidade, sob risco de perderem espaço.
A análise identificou que o mercado de produtos para pets é caracterizado por uma diversidade de atores, modelos de negócios e portes, sem a consolidação de um formato dominante.
Lojas de grande porte, marketplaces, supermercados, agrolojas e lojas menores são capazes de exercer pressão competitiva suficiente para conter eventual exercício de poder de mercado pelas redes em processo de fusão, segundo o órgão.
Estabelecimentos menores se destacam pela personalização do atendimento e estruturas de custo mais enxutas, enquanto os maiores operam com ganhos de escala, oferecendo conveniência e conforto. Além disso, marketplaces consolidados no Brasil ampliam o o de micro e pequenas empresas ao mercado.
Constatou-se que o comércio varejista de produtos para pet em lojas físicas é dinâmico, com grande número de entradas e saídas de players de diversos portes, o que aponta para indícios de baixas barreiras de entrada e de saída, características que tornariam pouco provável o exercício de poder de mercado por Cobasi e Petz no cenário pós-operação.
Esse é um mercado que está em pleno crescimento, com o faturamento dos diversos modelos de negócio avançando em ritmo significativamente superior à inflação nos últimos anos. Diante dessa análise, como não se vislumbraram riscos concorrenciais, a SG/Cade decidiu pela aprovação da operação sem restrições. Com informações da assessoria de imprensa do Cade.
Encontrou um erro? Avise nossa equipe!